sexta-feira, novembro 16, 2012

Para você, que finge que não me lê

Oi meu bem. Passaram-se dias, meses, luas. Passou um ano. Muita coisa mudou. Muita coisa permaneceu. Muita coisa aumentou. Muita coisa nasceu. Meu sentimento de surpresa passou pelo medo, pela frustração, pela emoção, pelo medo de novo, e há pouco, por uma nova paixão. Já quase no estágio do amor, me vejo morrendo de medo de novo. De te perder. De nos perdermos. De você ter mais medo que eu e daí, danou-se! E ele, o Renato,  fala (e canta) por mim. E é para nós dois essa canção tão linda, tão forte, tão nossa.


                            Será              Legião Urbana

Tire suas mãos de mim
Eu não pertenço a você
Não é me dominando assim
Que você vai me entender
Eu posso estar sozinho
Mas eu sei muito bem aonde estou
Você pode até duvidar
Acho que isso não é amor
Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em vão?
Será que vamos conseguir vencer?
Ô ô ô ô ô ô ô ô ô ...
Nos perderemos entre monstros
Da nossa própria criação?
Serão noites inteiras
Talvez por medo da escuridão
Ficaremos acordados
Imaginando alguma solução
Pra que esse nosso egoísmo
Não destrua nossos corações
Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em vão?
Será que vamos conseguir vencer?
Ô ô ô ô ô ô ô ô ô ...
Brigar pra quê
Se é sem querer
Quem é que vai nos proteger?
Será que vamos ter
Que responder
Pelos erros a mais
Eu e você?

quarta-feira, setembro 26, 2012

Tudo acaba...



... mas o que te escrevo continua. 
O que é bom, muito bom. 
O melhor ainda não foi escrito.
O melhor está nas entrelinhas.



LISPECTOR, Clarice. Água viva. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.

sábado, setembro 22, 2012

Essa coisa toda minha

Todas as cartas são minhas. Todas as cartas escritas para meus amores perdidos ou achados, são para mim. De um jeito ou de outro, revelam o que sinto, o que fomos, como sinto, como fomos. Não sei se revelam a verdade dos fatos. Ou se destoam dos fatos. Se são a minha particular visão dos acontecidos, dos ditos, dos feitos, dos sonhos ou dos surtos. Mas hoje essa é especial. Quero escrever pra mim. Quero me ler depois. Como faço com as demais, essa vai ser lida e destinada para mim. Pra daqui a quinhentos anos, e os exageros à parte, eu voltar aqui, nesse canto adormecido da net, para lê-la novamente e me perceber nas perfeitas linhas do teclado. Ou para me encontrar nas infantis traçadas do meu coração.

sexta-feira, abril 27, 2012

E não seguiu por e-mail...

Talvez eu esteja escrevendo pra mim mesma. Talvez eu nem queira que você leia. Talvez eu queira estar redondamente enganada sobre o futuro. Talvez eu não queira entender o presente. Talvez eu não queira saber do seu passado. Ou do meu passado. Talvez, talvez, talvez.

domingo, abril 15, 2012

Triste, sem você do lado

Sabe a sensação de estar naquele show tão esperado, daquela banda que você curte muito, e que a cada música você se delicia, e ao mesmo tempo reza pra não acabar nunca? É assim que sinto, quando estou contigo. Tenho a sensação de que vai acabar logo, que preciso aproveitar e viver tudo ao seu lado, com a intensidade que o meu sentimento de prazer em estar com você me proporciona.

sexta-feira, janeiro 27, 2012

Até nunca mais

Não, não posso mais cultivar saudades, lembranças. Tenho que buscar me recuperar do que passou. Do susto. Foi doído. Foi enlouquecedor. Eu fiquei sem chão. E sabe de uma coisa? Você jamais saberá o quanto me magoou. Talvez nunca entenda exatamente o meu sentimento por você.
Agora? Ah, não existe mais agora. A menos pra nós 2, não existirá mais o agora, nem o hoje, nem o amanhã. Existiu um tempo em que acreditei te conhecer. Existiu um longo período de solidão. Sozinha eu te esperava. E sonhava com a gente junto, sendo feliz, abraçados, enroscados. Isso jaz.
E o meu amor por você? Não existiu, de verdade. Nunca foi pra você. Foi pra outro ser humano, que só existiu na minha cabeça. E é pra ele, esta carta de despedida. Pra guardá-lo aqui. Pra esquecer as cinzas, aqui.