quarta-feira, setembro 26, 2012

Tudo acaba...



... mas o que te escrevo continua. 
O que é bom, muito bom. 
O melhor ainda não foi escrito.
O melhor está nas entrelinhas.



LISPECTOR, Clarice. Água viva. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.

sábado, setembro 22, 2012

Essa coisa toda minha

Todas as cartas são minhas. Todas as cartas escritas para meus amores perdidos ou achados, são para mim. De um jeito ou de outro, revelam o que sinto, o que fomos, como sinto, como fomos. Não sei se revelam a verdade dos fatos. Ou se destoam dos fatos. Se são a minha particular visão dos acontecidos, dos ditos, dos feitos, dos sonhos ou dos surtos. Mas hoje essa é especial. Quero escrever pra mim. Quero me ler depois. Como faço com as demais, essa vai ser lida e destinada para mim. Pra daqui a quinhentos anos, e os exageros à parte, eu voltar aqui, nesse canto adormecido da net, para lê-la novamente e me perceber nas perfeitas linhas do teclado. Ou para me encontrar nas infantis traçadas do meu coração.