segunda-feira, setembro 20, 2010

...esperando meu amor passar...

Ai, Renato Russo...acho que você me entenderia, se estivesse vivo e fosse meu amigo de todas as horas.
Mas essa carta não é pra você.

É endereçada a ele, meu amor com gosto de fruta mordida, que me entendia até pelo meu jeito de virar de costas na cama, até quando eu ficava em silêncio, com cara de briga, que ria dos meus pulinhos ao sair do banho, e das caretas (alegres) que fazia quando fazíamos amor.
Ele se foi, mesmo? Será que vai se casar com outra, que não eu? Será que eu não terei mais aquele clima de romance com ele, dentro de casa? Sinto muito que tenha acabado. Acho esquisito que tenha acabado. Não me vejo sem você, no futuro. Não imagino você sorrindo, sem que seja por mim, pra mim. Amava nosso piloto de casamento. Amava a nossa maquete, com uma casinha, uma varanda, uma lua no céu, que crescia, ficava cheia, só pra nos iluminar.
Não é a falta que me faz falta. É tudo que ficou na memória, que amo recordar, que amaria repetir.
É, tenho que esquecer tudo que tivemos. Seguir a vida, sem você, sem nós dois. Acho difícil encontrar outro alguém que me encante, com tanta facilidade. Deve ter sido tudo parte de uma conquista.
Você, que me escreveu num cartão unido a um bouquet de rosas vermelhas com um cartão branco, sem imagens, revelando: "se não existisse você, não existiria em mim, tamanha saudade", é isso que queria te dizer, olhando de perto, com meus pés tocando os seus, e as mãos, acariciando sua pele. Pronto, consegui dizer, ainda que não me leia...se não existisse você, não existiria em mim, tamanha saudade.

Um comentário:

Anônimo disse...

eita paixão que não sossega!!!